Cidades

Mutirão em Itaboraí acelera fila de espera por cirurgias eletivas

Ação pode beneficiar 120 pessoas. Foto: Sandro Giron/Prefeitura de Itaboraí

Com a meta de reduzir o tempo de espera por cirurgia, a Prefeitura de Itaboraí iniciou nesta quarta-feira (11) um mutirão de cirurgias eletivas (que não possui caráter de urgência e depende de marcação para ser realizada), no Hospital Municipal Desembargador Leal Júnior, em Nancilândia. A ação vai beneficiar mais de 120 pessoas, que aguardavam na lista de espera da Central de Regulação.

A iniciativa é da Secretaria Municipal de Saúde, a pedido do prefeito Dr. Sadinoel Souza e em concordância com a direção do hospital, coordenação  médica equipe de enfermagem. E tem o objetivo de levar mais qualidade de vida a população. A previsão é de que o número diário de cirurgias seja dobrado, passando de quatro para oito, nos meses de setembro e outubro.

As cirurgias do mutirão são para retirada de vesícula (colecistectomia); varizes e hérnia inguinal/umbilical e serão realizadas de quarta a sexta-feira. Na segunda e terça-feira, as cirurgias eletivas são para outras especialidades, como ginecológica e pediátrica. Os pacientes contam com sala de pré e pós-operatório, com nove leitos, divididos em duas alas, masculino e feminino. Eles ficam sob observação médica por 24 horas, e caso não haja nenhuma intercorrência são liberados após este período.

Acompanhando o início do mutirão, o secretário municipal de Saúde, Júlio César Ambrósio destacou que a ação é uma demanda reprimida da população, que há anos está na fila à espera de uma cirurgia. “As avaliações são feitas no ambulatório de cirurgia geral e estão sendo levadas em consideração a gravidade e tempo de espera. A nossa intenção é diminuir cada vez mais a demanda reprimida e gradativamente aumentar o número de cirurgias”, comentou Júlio César.

Há mais de um ano aguardando uma cirurgia de hérnia inguinal, o aposentado Elcio da Silva Ferreira, 83 anos, estava ansioso com a chegada da sua cirurgia, que por sinal foi um sucesso. Ele se internou na quarta-feira para a realização do procedimento. “Deus sabe o tempo de tudo, e agora chegou a minha vez”, disse Elcio, antes de entrar no Centro Cirúrgico.

Segundo sua filha, Eucilene da Conceição Ferreira, 33 anos, com a cirurgia o pai vai viver melhor, pois sente muitas dores. “Nós tentamos fazer a cirurgia pela rede particular, mas ficou muito cara, uma média de R$6 mil. Aqui ele está tendo todos os cuidados, inclusive tiveram que dar medicação para estabilizar sua pressão arterial, que estava alta”, comentou Eucilene.

De acordo com a supervisora do bloco cirúrgico, a enfermeira Silvânia Nascimento, as cirurgias de urgência e emergência do hospital continuam acontecendo normalmente, e ainda os partos cesarianos.

No Leal Júnior, o centro cirúrgico conta com três salas de cirurgias, uma sala para recuperação pós-anestesia e outra para pós-operatório. O ambiente conta ainda com área para expurgo (ambiente destinado à limpeza, desinfecção e guarda dos materiais) e sala de esterilização.

Na unidade, de acordo com a equipe de enfermagem, a laparotomia exploratória (abertura cirúrgica da cavidade abdominal), é o que mais leva pacientes ao bloco cirúrgico emergencialmente, seguido por cesariana e curetagem.

No Hospital Municipal Desembargador Leal Júnior foram registradas 780 procedimentos cirúrgicos entre emergenciais e eletivos nos primeiros seis meses de 2019. No local são realizadas cirurgias gerais, cesariana, curetagem, vasectomia, histerectomia, obstetrícia, proctologia, ginecologia, ortopedia, pediatria, vascular, plástica, urologia e outros.

< Grupo de 3N dita regras após invadir comunidade de SG Morre um dos baleados após confronto em Piratininga <